terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Colagraf


Colagraf

A técnica colagraf funda-se em produzir uma matriz colando materiais diversos, em uma superfície relativamente dura, como papelão ou similares, de modo que, o relevo dos materiais adicionados que irão gerar a impressão. A matriz produzida através desta técnica permiti a reprodução da mesma imagem, gerando várias estampas.

Para confeccionar a estampa intitulada de “gato” colei no papel panamá lantejoulas de tamanhos variados, aparas de lápis, retalho de EVA e barbante para fazer ao esboço do gato, depois que a cola secou impermeabilizei a matriz com quatro demãos de goma laca.

Para imprimir a imagem entintei a matriz com tinta gráfica preta usando um rolo de borracha, coloquei a folha de papel sulfite sobre a matriz e friccionei com as costas de uma colher de pau.

Na estampa “África” adicionei papel microondulado (bacia), papelão (silhueta da mulher), linha de bordado (pulseira e colar) e tinta acrílica em alto relevo (árvores e o caminho), impermeabilizei a matriz com quatro demãos de goma laca e a impressão foi feita na prensa.

Na matriz de colagraf sem título foi adicionado papel de seda amassado, papel laminado texturizado e linha de bordado para ponto cruz, novamente impermeabilizei a matriz com quatro demãos de goma laca e a impressão foi gerada na prensa.

É notável a superioridade de qualidade gráfica da impressão gerada na prensa em relação à impressão feita através de fricção com a colher de pau, contudo, optei pelo envio da impressão feita com fricção da matriz “gato”, pois devido à espessura a impressão na prensa não ficou boa somente às extremidades ficavam nítidas.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Gravura em Metal - Ponta-seca


Gravura em Metal - Ponta-seca


Existe diversos meios de obter uma imagem sobre uma chapa de metal, a ponta-seca é um desses meios e resume-se em produzir encavos na matriz de metal (já polido) riscando traços que produzem pequenas concavidades que no momento da entintagem irão reter a tinta e posteriormente na hora da impressão será transferida para o papel através da forte pressão da prensa.A gravura em encavo proporciona um alto nível de detalhamento.

Primeiramente fiz um projeto da imagem a ser gravada no metal depois de chanfrar a placa de alumínio com uma lima transferi a imagem para placa usando lápis 6B e inicie o processo de encave com uma ponta seca feita de chave de fenda passada no esmeril. Riscar/gravar a matriz é, a meu ver, a etapa mais trabalhosa, pois exige força física (firmeza nas mãos) e atenção para não deixar que a ferramenta utilizada para fazer os riscos escape e estrague o desenho.

Pronta a matriz entintei usando um cartão telefônico e uma boneca de feltro até que a tinta penetrasse em todos os sulcos que formam o desenho. Depois limpei a superfície externa da matriz com jornal e papel de seda, deixando entintado somente as linhas encavadas. Mergulhei o papel canson na cuba com água e em seguida tirei o excesso de umidade com um caderno de jornal.

Para imprimir posicionei a matriz na prensa sobre a folha de registro e coloquei por cima da matriz a folha umedecida, tampei com feltro e passei na prensa ida e volta sem pausar.

Em linhas gerais, fazendo uma analogia entre meu projeto e o resultado da impressão da minha matriz, exagerei na profundidade do encave, os sulcos ficarão tão profundos que mesmo regulando a prensa para deixar bem “apertado” não foi possível retirar a tinta do encave, de modo que a imagem gerada tem duas linhas traçadas que se refere à tinta impregnada na rebarba dos riscos e a parte em branco entre as linhas são os encaves demasiadamente profundos.

Xilografia


Xilografia

A Xilogravura envolve basicamente a ação de gravar a madeira com ferramentas chamadas goivas, produzindo sulcos.

Esta técnica é considerada uma gravura em relevo, pois ao imprimir à imagem as áreas em relevo que receberão a tinta e irão transferi-la para o papel e as áreas em baixo relevo, os sulcos, ficarão sem tinta.

Depois de elaborado o meu projeto, lixei a minha placa de madeira cedrilho deixando-a bem lisa, tracei o desenho do projeto na madeira, comecei a gravar riscando com a goiva similar a lamina de uma faca os lugares onde a madeira deveria ser retirada, e fiz esta retirada com as goivas em formato de V e U.

Minha madeirar era muito dura, cheia de veios bem marcados o que conferiu certa dificuldade ao ato de gravar, principalmente áreas com linhas curvas (como nos olhos do gato) ou em lugares cujo encave seguia em sentido contrário as veias da madeira provocando lascas.

Iniciei a impressão da xilografia marcando uma folha, chamada de registro, o lugar exato da posição da matriz, para que todas as reproduções tivessem a mesma localização. Depois de esticar a tinta gráfica entintei a matriz com um rolo de borracha e com auxilio de uma pinça coloquei a folha sulfite sobre a matriz e friccionei com uma colher de pau para obter a minha Prova de Estado de, pois esta em excesso danifica a impressão e a falta dela também, definido o ponto certo da tinta fiz a minha primeira PA (Prova de Artista) adorei o resultado tanto a imagem do gato quanto os veios da madeira ficaram bem nítidos.


domingo, 4 de outubro de 2009

fotos video arte




Fotos- Exposição Vídeo Arte



Vídeo Arte: Redimensionando

Redimensionar... REDIMENSIONANDO. O que? Nosso olhar deve ser redimensionado? O que é arte? O que é uma obra de arte? ...”A massa, hoje, como antigamente, tem fome de mistério...” (Artaud) O espaço da arte é neutro? O que há de tão ofensivo no corpo humano?


Vídeo Arte:Sombra Consumismo – Telemúmia

Baseando-nos em um dos principais conceitos do vídeo arte (a crítica a televisão) iniciamos nosso processo criativo em busca da melhor maneira para transmitir ao espectador uma imagem clara da sua própria condição enquanto consumidor e telespectador.

sábado, 3 de outubro de 2009

MEMORIAL DESCRITIVO Projeto de extensão - Exposição Vídeo Arte.





MEMORIAL DESCRITIVO

Projeto de extensão - Exposição Vídeo Arte.

A atividade escolhida para o projeto de extensão foi uma exposição de Vídeo Arte, objetivando oportunizar a comunidade um contato com a produção artística dos alunos da UAB/UNB dos cursos de Artes Visuais e Teatro, assim como despertar uma reflexão acerca dos conteúdos de cada vídeo.

Durante os fóruns da disciplina de Tecnologia Contemporânea na Escola III, diversos lugares interessantes foram sugeridos para a mostra dos vídeos como: Calçadão do centro da cidade, Mercadão Municipal, Berrantão durante a palestra de Gabriel Chalita e a Estação Cultural, contudo, todos os recintos citados acima apresentavam alguma inviabilidade, como por exemplo, o mercado Municipal estava em obras, no calçadão não há fluxo de pessoas à noite e durante o dia a claridade não iria permitir a projeção dos vídeos, na Estação Cultural seria necessário alugar uma TV, um aparelho de DVD e a TV teria que ficar exposta do lado de fora do prédio e poderia não surtir o efeito desejado de atrair a atenção das pessoas.

Deste modo, optamos por organizar a exposição no pólo dia 01 de outubro visto que, neste dia um curso sobre educação inclusiva é ministrado no local e possivelmente haveria muitas pessoas e o horário estabelecido foi a partir das 19:00.

O modelo de convite foi proposto pela tutora Ana Claudia Neif Sanches e este foi enviado ao e-mail de todos os alunos que se encarregaram de repassar a sua caixa de contato e divulgar no local de trabalho, entre familiares e conhecidos.

Reunimos-nos no pólo dia 29 de setembro para acertar os detalhes como: seqüência da exibição dos vídeos, quantidade oficial de vídeos, layout e conteúdo do folder,traje e por menores da divulgação .

Na reunião foi decidido que: todos deveriam estar no Pólo dia 01/10, ás 18h00; e vestidos com roupas pretas, todos os vídeos deverão ser apresentados no mesmo local em seqüência projetados em uma parede no pátio de acesso à entrada do pólo e o folder foi confeccionado pelo colega de curso Fabiano e impresso pela Valéria.

A mostra foi divulgada no site da Prefeitura Municipal de Barretos, no Jornal O Diário, e também na TV Barretos e no Rádio.

No decorrer da organização do projeto houve uma interação e cooperação enriquecedora entre a turma de Teatro e a de Artes Visuais que estreitaram laços.

A exposição teve um público menor do que o esperado, porém, a experiência foi muito valorosa.

Observar as distintas reações das pessoas ao se deparar com a projeção dos vídeos, foi divertido, alguns refletiam um olhar de: “isto é arte?”, outros de ”que interessante!”.

Durante as abordagens da entrega do folder a maioria das pessoas questionavam: ”Mas... vocês que produziram o vídeo” com um ar admirado, em geral a maioria as pessoas ficavam curiosas em saber detalhes da EAD e sobre o funcionamento do curso e relatavam não ter conhecimento da existência dele, alguns inclusive demonstraram interesse em ingressar em um dos cursos oferecidos pela UAB/UNB.

Adolescentes que faziam capoeira na quadra anexada ao pólo permaneceram um longo tempo assistindo os vídeos com certa inquietude no olhar.

A mostra de vídeos possibilitou a extensão da Arte ao público visitante e também aos próprios alunos que puderam compteplar a produção do outro.

Em linhas gerais, conclui-se que o evento alcançou o seu objetivo de gerar uma extensão educativa e cultural à comunidade, assim como, uma vivencia significativa no âmbito de exposição de Arte a todos discentes.

Por Marcela Furegati de Matos.





domingo, 27 de setembro de 2009


"A Arte da sobrevivência"


Esta criação revela o poder do brasileiro de tentar sobreviver em situações adversas.

domingo, 20 de setembro de 2009

Memorial descritivo Vídeo Arte: “IMPOSIÇÃO”


Memorial descritivo Vídeo Arte: “IMPOSIÇÃO”


O presente vídeo arte faz alusão ao alto poder de persuasão que a mídia, em especial a TV, possui e o quanto este determina os valores, ideologias, padrões e principalmente hábitos de consumo da sociedade contemporânea.

Comumente adotamos como verdade praticamente tudo o que é veiculado pela TV, as imagens nos convencem de tal maneira que não discutimos a veracidade do que é exibido e consequentemente aprovamos e consumimos as verdades que nos são impostas.

De modo geral, aceitamos passivamente o que a TV nos Impõe como forma de consumo, não importando quão absurdo e estranho seja o produto.

Roteiro do vídeo arte “Imposição”: Uma pessoa se aproxima e fica a frente do televisor, assiste a programação por alguns segundos, repentinamente, começa a retirar objetos estranhos de dentro do aparelho e os aprova com naturalidade, mesmo estes sendo diferentes.

A estranheza foi representada através da coca-cola sabor leite e do leite sabor coca-cola. Estes objetos representam tudo aquilo que a TV tenta propagar, e que o telespectador adota sem questionar se aquilo é certo ou não, ou qual o interesse da emissora em divulgar tais objetos.

Consumimos simplesmente porque a TV nos convenceu através de suas mensagens implícitas e explícitas de que aquele produto é bom e necessário.

A questão é que, precisamos exercitar nossa capacidade de refletir criticamente diante das informações veiculadas pela mídia abandonando a posição de meros telespectadores passivos e consumidores desenfreados.

Por Marcela Furegati de Matos.

Link youtube: http://www.youtube.com/watch?v=vFT_1bvOeZE

Arte Postal


Arte Postal
Por Marcela Furegati de Matos.

"Perspicácia"



“Eterna Primavera da alma”


“Primavera de Sonhos”







Arte Postal


Arte Postal

A Arte Postal, de modo simplificado, pode ser definida como envio de arte por correio.

Nesta arte não existe uma regra ou limite quanto ao uso de técnicas e materiais, contudo, devido a restrições por parte da agencia de correios, no que diz respeito ao envio de remessas, em sua maioria o conteúdo é feito de matérias leve.

Mediante a pesquisa na internet a cerca do assunto constatei que, os trabalhos são extremamente variados, existe uma imensa diversidade de temáticas, de matérias utilizados e das formas de expressão, porém,observei uma predominância de colagens, fotomontagem, decalques, carimbos, pinturas, desenhos e computação gráfica.é preciso ressaltar que nem sempre é enviada como conteúdo dentro do envelope,por vezes,o próprio envelope é o suporte para o artista se expressar.

A meu ver, o grande diferencial e proposta da arte postal é prover uma arte democrática e acessível a todos, oportunizando uma ampla divulgação de formas de expressão além de uma incessante troca cultural.

Segundo Faiane Pianowski no texto “Arte postal Arte”, “... o fato de receber um pacote, de tocar o papel, de sentir as texturas e odores, a duração da espera da resposta, adiciona mistério na correspondência postal...” e acredito que, é exatamente este misto de sensações e emoções que faz com que esta modalidade de arte perdure até os dias atuais.

Minha inspiração inicial para minha arte postal, foi a primavera devido às formas e possibilidades, gosto em especial da beleza contida na forma singular de cada flor, de cada movimento da natureza, do perfume e a alegria das cores desta estação.

Com está temática produzi 5 cartões, todos utilizando recortes de revistas e intervenções com arabescos feitos com corretor de caneta com ponta fina e cola gliter.Apenas na bandeira do Brasil fiz uso apenas de recorte de revista e no fundo verde,montei um mosaico com quadradinhos.

Em um segundo momento de criação, brinquei com o contraste fundo figura com a silhueta de um gato, a principio seria utilizada uma borboleta, mas, decidi que o gato representaria melhor o tema escolhido “perspicácia” e está foi sugerida através da composição das formas e principalmente pela representação a figura do gato, um animal considerado por muitos como perspicaz.

Produzir, receber e enviar arte postal foi um momento rico em descobertas e possibilidades.

domingo, 30 de agosto de 2009

Programa de Humor – “A Grande Família”


Programa de Humor – “A Grande Família”













































“A Grande Família” é um programa de humor exibido toda quinta-feira às 22h00 na rede globo.
O programa mostra as dificuldades e as aventuras presentes no cotidiano de uma família de classe média baixa e a cada novo episódio um tema é abordado como: machismo, traição, amizade, trabalho, relação entre os membros da família, vizinhos... e ao termino do episodio os conflitos são solucionados e os valores éticos e morais triunfam.
Os personagens principais da serie apresentam diferentes perfis:
Nenê (Marieta Severo), uma dona de casa que se sente realizada e feliz ao dedicar-se integralmente aos afazeres domésticos e ao bem estar de sua família, apresenta características de inocência, é vaidosa, amável, constantemente renuncia a seus desejos e sonhos em favorecimento de sua família, especialmente do marido Lineu.
Este perfil, de certo modo, incute o ideal de realização da mulher.
Lineu (Marco Nanini), funcionário público, exemplo de honestidade, patriarca da família, moralista, metódico, regula a mulher e é “pão-duro”.
Este personagem faz referencia ao modelo conservador de marido, chefe de família responsável pelo sustento financeiro da casa.
Bebel (Guta Stresser), quase uma caricatura da mulher contemporânea, se divide entre a vida profissional e a vida conjugal, ora se porta como mulher fatal, ora como menina imatura, seu visual é confuso como a própria personagem.
No episódio “Quem quer ser um taxista” (13/08/09) Bebeu e Agostinho disputam quem ganha mais dinheiro ao dirigir o táxi, nítida disputa entre o casal que acentua a busca da personagem pela igualdade entre o sexo oposto.
Agostinho (Pedro Cardoso), taxista, marido de Bebel, potente, conquistador, oportunista, típico malandro, tentar tirar vantagem de tudo e de todos, os seus interesses individuais estão à frente de tudo, não se preocupa com ética nem com a moral, nunca mede as conseqüências de seus atos.
Caricatura de homem machista e preconceituoso.
Tuco (Lúcio Mauro Filho), solteiro, sustentado pelos pais, não aprecia muito estudar nem trabalhar, gosta de paquerar e sempre se mete em confusões.
Marilda (Andréa Beltrão), melhor amiga de Nenê, divorciada dona de um salão de beleza, tem autonomia profissional, mulher independente “realizada” profissionalmente, porém, não tem sorte no campo afetivo sente-se incompleta, o vestuário e os adereços deixam clara a sua preocupação com a estética e o seu alto investimento na mesma, revela gosto pelo agito da vida de solteira, mas esta sempre a procura de um príncipe encantado. Fato que se comprova no episodio “A noite do Flashback” (20/08/09) que mostra a constante busca de Marilda por um grande amor.
Acredito que indiretamente está personagem reforça a idéia de que: é preciso se casar para ser feliz e respeitada.
Beiçola (Marcos Oliveira), proprietário da pastelaria do bairro e dono da casa locada por Agustinho e Bebel, fofoqueiro, exalta a figura de sua falecida mãe, tem um paixão platônica por Nenê.
Embora, exista uma variação entre os papeis e perfil dos personagens ao fim de cada episodio uma moral social fica implícita e sutilmente oferece modelos de comportamentos,pois,através da linguagem do humor ao retratar as diferentes condutas e posicionamentos dos personagens o programa propõe identificação de atitudes.
Os anúncios veiculados durante os comerciais da serie similar a outros gêneros de programa vão de encontro ao público que o assisti.
Marcela Furegati de Matos.



Resenha de filme: “O Show de Truman”

Resenha de filme: “O Show de Truman”

O filme conta a luta de Truman (Jim Carrey), um vendedor de seguros bem sucedido, casado, cheio de amigos, feliz, cuja vida é acompanhada por milhões de pessoas, pois, ele é o personagem central de um “reality show” desde o seu nascimento, e é o único que não sabe do fato.
Christof (Ed Harris), o criador e diretor do programa que é transmitido 24 horas por dia, manipula o cotidiano de Truman para que este não saia da cidade cinematográfica.
Contudo, Truman desconfiado busca por respostas e descobre que vivia dentro de um set de gravação, rodeado por atores, que tudo na vida era fictício e esta era manipulada e explorada pela televisão, então resolve sair.
O brilhante filme de Peter Weir nos convida e instiga a interagir com a trama conduzindo a reflexões a cerca da manipulação exercida pelos meios de comunicação de massa.
Por um lado mostra a falta de ética da mídia em virtude de transformar a vida privada de um individuo em um rentável show que é meticulosamente controlado, por outro lado, os telespectadores consumidores dependentes tanto do programa quanto dos produtos veiculados nele, gerando padrões de consumo.
A frase do personagem Christof, “[...] aceitamos a realidade do mundo tal qual ela nos é apresentada [...]”, me provocou certa inquietude...
Por analogia, a forma como Christof implantou falsas ideologias em Trumam para mantê-lo no set sob seu domínio, será que “poder dominante” da nossa sociedade (capitalista) não nos incute praticas e idéias que converge a seus interesses?Somos meros marionetes da mídia?

Marcela Furegati de Matos

quarta-feira, 26 de agosto de 2009


Fotomontagem -Mídia


Por Marecela Furegati de Matos.



Fotomontagem
Por Marcela Furegati de Matos.




domingo, 23 de agosto de 2009

O Poder da Mídia

O Poder da Mídia
Utilizamos diferentes mídias no nosso cotidiano, cada uma tem sua função especifica, contudo, de modo geral a maioria das mídias tem a importante função de comunicar.
Em especial a Mídia eletrônica audiovisual constitui importante papel de disseminar as informações, contudo, devido ao caráter parcial que adota na maioria das vezes acaba por moldar opiniões de acordo com seus interesses em oposição a sua função ideal que seria apenas informar, fato que é instituído por lei, contudo não é seguido.
No filme “O Quarto Poder”, a mídia devido a seu alto poderio de manipular informações, opiniões e até determinar comportamentos de acordo com a primazia de seus interesses, foi denominada como o quarto poder, um poder que ideologicamente fica logo após o poder executivo, legislativo e judiciário, porém, no filme ocupa o primeiro lugar visto que, transforma um caso de polícia em uma reportagem sensacionalista que julga e determina a imagem de um cidadão.
O filme conta a história de Max Brackett (Dustin Hoffman) um repórter televisivo com sua carreira em baixa que é designado a fazer uma reportagem em um Museu em crise financeira e se depara com Sam Baily (John Travolta) um ex-vigia armado e desesperado para reaver o seu emprego e que acidentalmente atira no outro vigia e acaba por fazer de refém todos que se encontram no museu.
Diante desta situação o ambicioso jornalista objetivando alavanca sua carreira convence o ex-vigia a entrar ao vivo em rede nacional e estabelece uma relação de “ajuda” mutua, pois, Max tem seu furo de reportagem e Sam Baily tem sua imagem favorecida.
Totalmente desprovido de uma ética profissional Max controla o modo como às informações são transmitidas e a reação do público é favorável ao ex-vigia.
Entretanto, Max perde a exclusividade da reportagem para um jornalista ancora de sua emissora e este também passa a manipular as informações e distorce os fatos criticando Sam Baily e divulga a morte do vigia baleado, o público vê o ex-vigia sob uma ótica diferente, na condição de culpado.
De modo geral, os dois repórteres visavam à mesma coisa, a audiência.
E é exatamente por conta da crescente distorção dos fatos em busca da comoção das pessoas com o intuito de aumentar a audiência que, precisamos ser mais críticos, a medida do possível buscar diferentes fontes e sempre avaliar a informação que nos é apresentada.
É fundamental refletir sobre a veracidade do que é veiculado, pois, as redes de televisão possuem seus interesses políticos, econômicos e sociais que determinam a maneira como a informação vai ser direcionada e a ênfase que irá receber.
No documentário “Muito Além do Cidadão Kane” é denunciado a intima relação da emissora Rede Globo com o grupo norte americano Time-Life, além dos conchavos políticos, favorecimento da alienação da sociedade e a o controle da informação em favorecimento de seus apoios financeiros.
A mídia forma opiniões, determina valores, condutas, enfim nos manipula de forma tão eficaz que através de seu poder imensurável acreditamos em sua suposta imparcialidade e transparência.
Temos como exemplo os telejornais (da rede globo) que diariamente tentam nos convencer de sua imparcialidade por meio de denuncias de falcatruas do governo vigente, contudo, o modo como este é comunicado com uma linguagem complexa que não permite que o discernimento ocorra efetivamente e assim a população em sua maioria não entende e não dispensa a devida atenção ao assunto, por outro lado, esses telejornais com freqüência mostram imagens que visam degrinir a seriedade ou comprometimento de partidos de esquerda.
E o país é teoricamente democrático, e a TV imparcial.
Imaginem se não houve a democracia de opiniões e divulgação de informação... bem neste caso acredito que nos nem se quer saberíamos que o documentário “Muito Além do Cidadão Kane “ existiu.
A questão contundente é que, precisamos exercitar nossa capacidade de refletir criticamente diante das informações veiculadas pela mídia abandonando a posição de meros telespectadores passivos .
Por Marcela Furegati de Matos.

Noveleiro sim, alienado nunca mais...


"Noveleiro sim, alienado nunca mais..."







































A telenovela é um meio de comunicação em massa que oferece entretenimento e está entre os programas de maior audiência no Brasil.
A rede Globo exibe diariamente às 21hs a novela”Caminho das Índias”, indicada para um público maior de 14 anos e é a principal forma de lazer de milhões de brasileiros.
Como muitos, sempre que possível assisto novelas, mas esta semana foi a primeira vez que a distração instantânea deu lugar a uma observação mais criteriosa dos conteúdos explícitos e implícitos apresentados.
A trama inicial da novela é uma paixão proibida entre os personagens Maya e Bahuan, dois indianos de origens (castas) distintas. No decorrer das fases da novela diversos temas são inseridos como: Ambição, Esquizofrenia, psicopatia, preconceito sofrido pelos portadores de distúrbios mentais, e quanto aos dalits, à questão dos pityboys (vandalismo), traição, a “cultura” indiana (Hinduismo, casamentos arranjados...), congelamento de óvulos e outros mais.
O fato é que os temas tratados ocupam algumas cenas rápidas cujos valores e conceitos inerentes a eles são transmitidos sublinarmente como verdades, e as cenas que envolvem a trama central, a saga do belo casal protagonista nos desperta maior interesse e inebriados pela trama não nos atentamos a questões de cunho social ou mesmo moral que estão incutidos nos detalhes das cenas e acabamos por ver a novela sob uma óptica acrítica.
A novela se desenrola em dois núcleos diferentes, um que teoricamente mostra a cultura indiana e outro que retrata nossa sociedade.
O núcleo indiano que, de acordo com a autora da novela Gloria Peres, tem o intuito de divulgar a cultura da Índia mostra um suposto exotismo dos costumes e dos valores indianos.
A realidade socioeconômica do país e maquiada, de modo que, até mesmo o poluído rio Ganges, o rio sagrado da Índia, é limpo e auspicioso nas cenas da telenovela.
As indianas usam sáris e batas com cores vibrantes e são muito vaidosas, devem estar sempre perfumadas, maquiladas e cobertas de jóias. Almejam um bom “partido”, digo,casamento que tradicionalmente é arranjado e quando este se efetiva as indianas deixam suas famílias para integrar e cuidar do lar da família de seus esposos.
As crianças se assemelham a adultos em miniatura tanto na vestimenta como nas ações.
A maneira como o amor é tratado na teledramaturgia é similar aos contos de fada, os amantes passam por momentos drásticos de intempéries, contudo, no final ficam juntos e felizes pata todo o sempre.
Na novela Caminho das Índias a questão da busca pela justiça se confunde com vingança a qualquer preço como no caso da personagem Júlia menina mimada que se envolve com ladrões de classe média para “pegar” de volta o dinheiro que o seu tio injustamente tomou dela e da mãe, o modo como é retratado a questão de adolescentes de classe média que roubam parece mais uma questão de opção do que um grave problema social,ou seja um crime.
A meu ver uma cena que teve grande repercussão e que remete a valores distorcidos ,foi a da personagem Melissa (obcecada pela aparência e cheia de futilidades) mulher traída que faz justiça se vingando, espanca a amante do marido e ainda pega as jóias da mesma, o desfecho da cena induz que a personagem Melissa foi sensata, inteligente e resolveu seu conflito de maneira correta.
A traição parece algo tão rotineiro, visto que é praticado por vários personagens da novela (Ramiro, Raul, Norminha, Nanda) e o ato acaba sendo banalizado.
No desenrolar da trama o personagem Raul têm o seu sofrimento tão evidenciado que o telespectador se confunde e até justifica suas ações como a traição, o golpe, a simulação da própria morte.
Ao assistir uma telenovela nos comovemos com as cenas e inconscientemente nos projetamos em alguns personagens e automaticamente tomamos as mensagens da ficção como verdades, e estas nos despertam necessidades e desejos que nos instigam a consumir a “ilusão” que é passada.
Em outras palavras, incorporamos o vocabulário, compramos o CD com a trilha sonora da novela, incensos, adornos, artigos de decoração, vestuários indianos, maquiagem e outros produtos discretamente mostrados nas cenas (como determinado livro, cosméticos, marca de refrigerante, cerveja e etc.).
Durante os intervalos da telenovela é veiculada a propaganda de produtos que estabelecem intima relação com as necessidades de consumo difundidas na novela e com o público que a assisti. Como por exemplo: os anúncios dos cosméticos do boticário, lojas Marisa, bancos... redes de mercado e as ofertas de carros.
Definitivamente os estilos de vida mostrados na TV são interiorizados pela sociedade que se modifica e altera sua visão de mundo. A exemplo disto temos os novas estruturas familiares que já não condizem com a dos valores tradicionais que já não são tidos como tradicionais.
As novelas influenciam amplamente o comportamento da sociedade que, absorve conceitos, valores, vocabulário e hábitos de consumo. Literalmente as telenovelas laçam modismos.
A questão central não é deixar de assistir novela, mas sim exercitar uma visão mais critica das mensagens intrínsecas as imagens, aos detalhes das cenas, e a própria trama, objetivando estar atentos para não nos alienarmos em um mundo fictício.
Por Marcela Furegati de Matos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Resenha: "Inteligência Coletiva" - Pierre Levy

Resenha: "Inteligência Coletiva" - Pierre Levy
Pierre Levy nos convida a pensar, além do impacto das técnicas sobre a sociedade, em termos de projeto. Os novos meios de comunicação permitem aos grupos humanos pôr em comum seu saber e seu imaginário. Forma social inédita, o coletivo inteligente pode inventar uma 'democracia em tempo real', uma ética da hospitalidade, uma estética da invenção, uma economia das qualidades humanas.O autor situa o projeto da inteligência coletiva em uma perspectiva antropológica de longa duração. De forma que a identidade das pessoas e o vínculo social poderiam expandir-se no intercâmbio de conhecimentos.É preciso aproveitar a inteligência coletiva é agregar de alguma forma a sabedoria de cada indivíduo independente (e a independência é a chave neste conceito), sem que esta sabedoria seja degradada por um consenso. Inteligência coletiva é pegar idéias de diferentes perspectivas e pessoas.

Resenha – “Navegar no Ciberespaço” – Lúcia Santeella

Resenha – “Navegar no Ciberespaço” – Lúcia Santeella
Resenha – “Navegar no Ciberespaço” – Lúcia SanteellaA autora deixa claro que o cibernauta coloca em ação habilidades de leitura muito distintas daquelas que são empregadas pelo leitor de um texto impresso como o livro. Por outro lado, são habilidades também distintas daquelas empregadas pelo receptor de imagens ou espectador de cinema e televisão. Conectando na tela, por meio de movimentos e comandos de um mouse, os nexos eletrônicos dessas infovias, o leitor vai unindo, de modo a-seqüencial, fragmentos de informação de naturezas diversas, criando e experimentando, na sua interação com o potencial dialógico da hipermídia, um tipo de comunicação multilinear e labiríntica.Por meio de saltos receptivos, esse leitor é livre para estabelecer sozinho a ordem textual ou para se perder na desordem dos fragmentos, pois no lugar de um volume encadernado com páginas em que as frases e/ou imagens se apresentam em uma ordenação sintático-textual previamente prescrita, surge uma ordenação associativa que só pode ser estabelecida no e mediante o ato de leitura.Ela elas nos déia algumas indagações:...Que habilidades perceptivas e cognitivas estão por trás desse modo remarcavelmente novo de comunicação? Que operações mentais, perceptivas e sensórias guiam os comandos do leitor quando movimento e ¨clica¨ o mouse?...