domingo, 30 de agosto de 2009

Programa de Humor – “A Grande Família”


Programa de Humor – “A Grande Família”













































“A Grande Família” é um programa de humor exibido toda quinta-feira às 22h00 na rede globo.
O programa mostra as dificuldades e as aventuras presentes no cotidiano de uma família de classe média baixa e a cada novo episódio um tema é abordado como: machismo, traição, amizade, trabalho, relação entre os membros da família, vizinhos... e ao termino do episodio os conflitos são solucionados e os valores éticos e morais triunfam.
Os personagens principais da serie apresentam diferentes perfis:
Nenê (Marieta Severo), uma dona de casa que se sente realizada e feliz ao dedicar-se integralmente aos afazeres domésticos e ao bem estar de sua família, apresenta características de inocência, é vaidosa, amável, constantemente renuncia a seus desejos e sonhos em favorecimento de sua família, especialmente do marido Lineu.
Este perfil, de certo modo, incute o ideal de realização da mulher.
Lineu (Marco Nanini), funcionário público, exemplo de honestidade, patriarca da família, moralista, metódico, regula a mulher e é “pão-duro”.
Este personagem faz referencia ao modelo conservador de marido, chefe de família responsável pelo sustento financeiro da casa.
Bebel (Guta Stresser), quase uma caricatura da mulher contemporânea, se divide entre a vida profissional e a vida conjugal, ora se porta como mulher fatal, ora como menina imatura, seu visual é confuso como a própria personagem.
No episódio “Quem quer ser um taxista” (13/08/09) Bebeu e Agostinho disputam quem ganha mais dinheiro ao dirigir o táxi, nítida disputa entre o casal que acentua a busca da personagem pela igualdade entre o sexo oposto.
Agostinho (Pedro Cardoso), taxista, marido de Bebel, potente, conquistador, oportunista, típico malandro, tentar tirar vantagem de tudo e de todos, os seus interesses individuais estão à frente de tudo, não se preocupa com ética nem com a moral, nunca mede as conseqüências de seus atos.
Caricatura de homem machista e preconceituoso.
Tuco (Lúcio Mauro Filho), solteiro, sustentado pelos pais, não aprecia muito estudar nem trabalhar, gosta de paquerar e sempre se mete em confusões.
Marilda (Andréa Beltrão), melhor amiga de Nenê, divorciada dona de um salão de beleza, tem autonomia profissional, mulher independente “realizada” profissionalmente, porém, não tem sorte no campo afetivo sente-se incompleta, o vestuário e os adereços deixam clara a sua preocupação com a estética e o seu alto investimento na mesma, revela gosto pelo agito da vida de solteira, mas esta sempre a procura de um príncipe encantado. Fato que se comprova no episodio “A noite do Flashback” (20/08/09) que mostra a constante busca de Marilda por um grande amor.
Acredito que indiretamente está personagem reforça a idéia de que: é preciso se casar para ser feliz e respeitada.
Beiçola (Marcos Oliveira), proprietário da pastelaria do bairro e dono da casa locada por Agustinho e Bebel, fofoqueiro, exalta a figura de sua falecida mãe, tem um paixão platônica por Nenê.
Embora, exista uma variação entre os papeis e perfil dos personagens ao fim de cada episodio uma moral social fica implícita e sutilmente oferece modelos de comportamentos,pois,através da linguagem do humor ao retratar as diferentes condutas e posicionamentos dos personagens o programa propõe identificação de atitudes.
Os anúncios veiculados durante os comerciais da serie similar a outros gêneros de programa vão de encontro ao público que o assisti.
Marcela Furegati de Matos.



Resenha de filme: “O Show de Truman”

Resenha de filme: “O Show de Truman”

O filme conta a luta de Truman (Jim Carrey), um vendedor de seguros bem sucedido, casado, cheio de amigos, feliz, cuja vida é acompanhada por milhões de pessoas, pois, ele é o personagem central de um “reality show” desde o seu nascimento, e é o único que não sabe do fato.
Christof (Ed Harris), o criador e diretor do programa que é transmitido 24 horas por dia, manipula o cotidiano de Truman para que este não saia da cidade cinematográfica.
Contudo, Truman desconfiado busca por respostas e descobre que vivia dentro de um set de gravação, rodeado por atores, que tudo na vida era fictício e esta era manipulada e explorada pela televisão, então resolve sair.
O brilhante filme de Peter Weir nos convida e instiga a interagir com a trama conduzindo a reflexões a cerca da manipulação exercida pelos meios de comunicação de massa.
Por um lado mostra a falta de ética da mídia em virtude de transformar a vida privada de um individuo em um rentável show que é meticulosamente controlado, por outro lado, os telespectadores consumidores dependentes tanto do programa quanto dos produtos veiculados nele, gerando padrões de consumo.
A frase do personagem Christof, “[...] aceitamos a realidade do mundo tal qual ela nos é apresentada [...]”, me provocou certa inquietude...
Por analogia, a forma como Christof implantou falsas ideologias em Trumam para mantê-lo no set sob seu domínio, será que “poder dominante” da nossa sociedade (capitalista) não nos incute praticas e idéias que converge a seus interesses?Somos meros marionetes da mídia?

Marcela Furegati de Matos

quarta-feira, 26 de agosto de 2009


Fotomontagem -Mídia


Por Marecela Furegati de Matos.



Fotomontagem
Por Marcela Furegati de Matos.




domingo, 23 de agosto de 2009

O Poder da Mídia

O Poder da Mídia
Utilizamos diferentes mídias no nosso cotidiano, cada uma tem sua função especifica, contudo, de modo geral a maioria das mídias tem a importante função de comunicar.
Em especial a Mídia eletrônica audiovisual constitui importante papel de disseminar as informações, contudo, devido ao caráter parcial que adota na maioria das vezes acaba por moldar opiniões de acordo com seus interesses em oposição a sua função ideal que seria apenas informar, fato que é instituído por lei, contudo não é seguido.
No filme “O Quarto Poder”, a mídia devido a seu alto poderio de manipular informações, opiniões e até determinar comportamentos de acordo com a primazia de seus interesses, foi denominada como o quarto poder, um poder que ideologicamente fica logo após o poder executivo, legislativo e judiciário, porém, no filme ocupa o primeiro lugar visto que, transforma um caso de polícia em uma reportagem sensacionalista que julga e determina a imagem de um cidadão.
O filme conta a história de Max Brackett (Dustin Hoffman) um repórter televisivo com sua carreira em baixa que é designado a fazer uma reportagem em um Museu em crise financeira e se depara com Sam Baily (John Travolta) um ex-vigia armado e desesperado para reaver o seu emprego e que acidentalmente atira no outro vigia e acaba por fazer de refém todos que se encontram no museu.
Diante desta situação o ambicioso jornalista objetivando alavanca sua carreira convence o ex-vigia a entrar ao vivo em rede nacional e estabelece uma relação de “ajuda” mutua, pois, Max tem seu furo de reportagem e Sam Baily tem sua imagem favorecida.
Totalmente desprovido de uma ética profissional Max controla o modo como às informações são transmitidas e a reação do público é favorável ao ex-vigia.
Entretanto, Max perde a exclusividade da reportagem para um jornalista ancora de sua emissora e este também passa a manipular as informações e distorce os fatos criticando Sam Baily e divulga a morte do vigia baleado, o público vê o ex-vigia sob uma ótica diferente, na condição de culpado.
De modo geral, os dois repórteres visavam à mesma coisa, a audiência.
E é exatamente por conta da crescente distorção dos fatos em busca da comoção das pessoas com o intuito de aumentar a audiência que, precisamos ser mais críticos, a medida do possível buscar diferentes fontes e sempre avaliar a informação que nos é apresentada.
É fundamental refletir sobre a veracidade do que é veiculado, pois, as redes de televisão possuem seus interesses políticos, econômicos e sociais que determinam a maneira como a informação vai ser direcionada e a ênfase que irá receber.
No documentário “Muito Além do Cidadão Kane” é denunciado a intima relação da emissora Rede Globo com o grupo norte americano Time-Life, além dos conchavos políticos, favorecimento da alienação da sociedade e a o controle da informação em favorecimento de seus apoios financeiros.
A mídia forma opiniões, determina valores, condutas, enfim nos manipula de forma tão eficaz que através de seu poder imensurável acreditamos em sua suposta imparcialidade e transparência.
Temos como exemplo os telejornais (da rede globo) que diariamente tentam nos convencer de sua imparcialidade por meio de denuncias de falcatruas do governo vigente, contudo, o modo como este é comunicado com uma linguagem complexa que não permite que o discernimento ocorra efetivamente e assim a população em sua maioria não entende e não dispensa a devida atenção ao assunto, por outro lado, esses telejornais com freqüência mostram imagens que visam degrinir a seriedade ou comprometimento de partidos de esquerda.
E o país é teoricamente democrático, e a TV imparcial.
Imaginem se não houve a democracia de opiniões e divulgação de informação... bem neste caso acredito que nos nem se quer saberíamos que o documentário “Muito Além do Cidadão Kane “ existiu.
A questão contundente é que, precisamos exercitar nossa capacidade de refletir criticamente diante das informações veiculadas pela mídia abandonando a posição de meros telespectadores passivos .
Por Marcela Furegati de Matos.

Noveleiro sim, alienado nunca mais...


"Noveleiro sim, alienado nunca mais..."







































A telenovela é um meio de comunicação em massa que oferece entretenimento e está entre os programas de maior audiência no Brasil.
A rede Globo exibe diariamente às 21hs a novela”Caminho das Índias”, indicada para um público maior de 14 anos e é a principal forma de lazer de milhões de brasileiros.
Como muitos, sempre que possível assisto novelas, mas esta semana foi a primeira vez que a distração instantânea deu lugar a uma observação mais criteriosa dos conteúdos explícitos e implícitos apresentados.
A trama inicial da novela é uma paixão proibida entre os personagens Maya e Bahuan, dois indianos de origens (castas) distintas. No decorrer das fases da novela diversos temas são inseridos como: Ambição, Esquizofrenia, psicopatia, preconceito sofrido pelos portadores de distúrbios mentais, e quanto aos dalits, à questão dos pityboys (vandalismo), traição, a “cultura” indiana (Hinduismo, casamentos arranjados...), congelamento de óvulos e outros mais.
O fato é que os temas tratados ocupam algumas cenas rápidas cujos valores e conceitos inerentes a eles são transmitidos sublinarmente como verdades, e as cenas que envolvem a trama central, a saga do belo casal protagonista nos desperta maior interesse e inebriados pela trama não nos atentamos a questões de cunho social ou mesmo moral que estão incutidos nos detalhes das cenas e acabamos por ver a novela sob uma óptica acrítica.
A novela se desenrola em dois núcleos diferentes, um que teoricamente mostra a cultura indiana e outro que retrata nossa sociedade.
O núcleo indiano que, de acordo com a autora da novela Gloria Peres, tem o intuito de divulgar a cultura da Índia mostra um suposto exotismo dos costumes e dos valores indianos.
A realidade socioeconômica do país e maquiada, de modo que, até mesmo o poluído rio Ganges, o rio sagrado da Índia, é limpo e auspicioso nas cenas da telenovela.
As indianas usam sáris e batas com cores vibrantes e são muito vaidosas, devem estar sempre perfumadas, maquiladas e cobertas de jóias. Almejam um bom “partido”, digo,casamento que tradicionalmente é arranjado e quando este se efetiva as indianas deixam suas famílias para integrar e cuidar do lar da família de seus esposos.
As crianças se assemelham a adultos em miniatura tanto na vestimenta como nas ações.
A maneira como o amor é tratado na teledramaturgia é similar aos contos de fada, os amantes passam por momentos drásticos de intempéries, contudo, no final ficam juntos e felizes pata todo o sempre.
Na novela Caminho das Índias a questão da busca pela justiça se confunde com vingança a qualquer preço como no caso da personagem Júlia menina mimada que se envolve com ladrões de classe média para “pegar” de volta o dinheiro que o seu tio injustamente tomou dela e da mãe, o modo como é retratado a questão de adolescentes de classe média que roubam parece mais uma questão de opção do que um grave problema social,ou seja um crime.
A meu ver uma cena que teve grande repercussão e que remete a valores distorcidos ,foi a da personagem Melissa (obcecada pela aparência e cheia de futilidades) mulher traída que faz justiça se vingando, espanca a amante do marido e ainda pega as jóias da mesma, o desfecho da cena induz que a personagem Melissa foi sensata, inteligente e resolveu seu conflito de maneira correta.
A traição parece algo tão rotineiro, visto que é praticado por vários personagens da novela (Ramiro, Raul, Norminha, Nanda) e o ato acaba sendo banalizado.
No desenrolar da trama o personagem Raul têm o seu sofrimento tão evidenciado que o telespectador se confunde e até justifica suas ações como a traição, o golpe, a simulação da própria morte.
Ao assistir uma telenovela nos comovemos com as cenas e inconscientemente nos projetamos em alguns personagens e automaticamente tomamos as mensagens da ficção como verdades, e estas nos despertam necessidades e desejos que nos instigam a consumir a “ilusão” que é passada.
Em outras palavras, incorporamos o vocabulário, compramos o CD com a trilha sonora da novela, incensos, adornos, artigos de decoração, vestuários indianos, maquiagem e outros produtos discretamente mostrados nas cenas (como determinado livro, cosméticos, marca de refrigerante, cerveja e etc.).
Durante os intervalos da telenovela é veiculada a propaganda de produtos que estabelecem intima relação com as necessidades de consumo difundidas na novela e com o público que a assisti. Como por exemplo: os anúncios dos cosméticos do boticário, lojas Marisa, bancos... redes de mercado e as ofertas de carros.
Definitivamente os estilos de vida mostrados na TV são interiorizados pela sociedade que se modifica e altera sua visão de mundo. A exemplo disto temos os novas estruturas familiares que já não condizem com a dos valores tradicionais que já não são tidos como tradicionais.
As novelas influenciam amplamente o comportamento da sociedade que, absorve conceitos, valores, vocabulário e hábitos de consumo. Literalmente as telenovelas laçam modismos.
A questão central não é deixar de assistir novela, mas sim exercitar uma visão mais critica das mensagens intrínsecas as imagens, aos detalhes das cenas, e a própria trama, objetivando estar atentos para não nos alienarmos em um mundo fictício.
Por Marcela Furegati de Matos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Resenha: "Inteligência Coletiva" - Pierre Levy

Resenha: "Inteligência Coletiva" - Pierre Levy
Pierre Levy nos convida a pensar, além do impacto das técnicas sobre a sociedade, em termos de projeto. Os novos meios de comunicação permitem aos grupos humanos pôr em comum seu saber e seu imaginário. Forma social inédita, o coletivo inteligente pode inventar uma 'democracia em tempo real', uma ética da hospitalidade, uma estética da invenção, uma economia das qualidades humanas.O autor situa o projeto da inteligência coletiva em uma perspectiva antropológica de longa duração. De forma que a identidade das pessoas e o vínculo social poderiam expandir-se no intercâmbio de conhecimentos.É preciso aproveitar a inteligência coletiva é agregar de alguma forma a sabedoria de cada indivíduo independente (e a independência é a chave neste conceito), sem que esta sabedoria seja degradada por um consenso. Inteligência coletiva é pegar idéias de diferentes perspectivas e pessoas.

Resenha – “Navegar no Ciberespaço” – Lúcia Santeella

Resenha – “Navegar no Ciberespaço” – Lúcia Santeella
Resenha – “Navegar no Ciberespaço” – Lúcia SanteellaA autora deixa claro que o cibernauta coloca em ação habilidades de leitura muito distintas daquelas que são empregadas pelo leitor de um texto impresso como o livro. Por outro lado, são habilidades também distintas daquelas empregadas pelo receptor de imagens ou espectador de cinema e televisão. Conectando na tela, por meio de movimentos e comandos de um mouse, os nexos eletrônicos dessas infovias, o leitor vai unindo, de modo a-seqüencial, fragmentos de informação de naturezas diversas, criando e experimentando, na sua interação com o potencial dialógico da hipermídia, um tipo de comunicação multilinear e labiríntica.Por meio de saltos receptivos, esse leitor é livre para estabelecer sozinho a ordem textual ou para se perder na desordem dos fragmentos, pois no lugar de um volume encadernado com páginas em que as frases e/ou imagens se apresentam em uma ordenação sintático-textual previamente prescrita, surge uma ordenação associativa que só pode ser estabelecida no e mediante o ato de leitura.Ela elas nos déia algumas indagações:...Que habilidades perceptivas e cognitivas estão por trás desse modo remarcavelmente novo de comunicação? Que operações mentais, perceptivas e sensórias guiam os comandos do leitor quando movimento e ¨clica¨ o mouse?...