sábado, 19 de junho de 2010

Artigo de Opinião Título: A Desconstrução de ciclos


Artigo de Opinião

Título: A Desconstrução de ciclos

Autora:
- Marela Furegati de Matos1
Contato:
marcelamarchetti@hotmail.com

1Pedagoga.
- Pós-graduada
em Educação Infantil e Alfabetização (ISEB-SP).
- Pós-graduada
em Psicopedagogia Institucional (ISEB -SP). .
- Cursando Artes Visuais (UAB/UNB)

Resumo

A importância da educação como principal meio de desconstruir ciclos de exclusão.

Palavras-chave: educação, ciclos, desconstrução .

Considera-se a educação um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação e, principalmente, a base para romper ciclos de exclusão social.

Contudo, como retratado no curta metragem em animação gráfica 3D do diretor Márcio Ramos “Vida Maria” ,por vezes a própria condição social gera muros invisíveis que impedem que o indivíduo tenha a oportunidade de desfazer o ciclo de uma condição de vida sem perspectivas como a da personagem Maria cujo trabalho na roça que garantia sua subsistência substituía algo tão essencial como a educação.

Dentre as barreiras que constituem este murro invisível pode-se citar questões atreladas a condição socioeconômica e a transmissão da cultura através da família que perpetua a única realidade que conheceram, a do trabalho como meio de sobrevivência,pois infelizmente pais e mães de famílias pobres que não tiveram acesso à educação básica ou a um curso superior passava essa herança para seus filhos.

Outro importante fator é a condição de acesso e também permanência a educação, somente oportunizar a oferta de estudo não garante que o individuo irá ter condições de concluí-lo e principalmente fazer uso deste em seu contexto.

Por um lado se a perpetuação de alguns dos problemas sociais é inerente à educação, concomitantemente por outro lado alguns dos problemas da educação têm sua origem em problemáticas de ordem social. Sendo assim faz-se urgente à busca de soluções, mais que paliativas, para erradicar um quadro social que multiplica a população de miseráveis no país.

O ciclo social é um sério problema da educação no Brasil, e esta é o ponto de partida para desconstruir o predeterminismo de fatores sociais .Portanto faz-se necessário medidas de urgência e maior abrangência no âmbito social e educacional que contemplem maior comprometimento por parte do governo e da iniciativa privada.

Referência bibliográfica:

Ramos, Márcio. “Vida Maria”.Curta metragem em animação gráfica 3D

Disponível em: www.viacg.com


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Colagraf


Colagraf

A técnica colagraf funda-se em produzir uma matriz colando materiais diversos, em uma superfície relativamente dura, como papelão ou similares, de modo que, o relevo dos materiais adicionados que irão gerar a impressão. A matriz produzida através desta técnica permiti a reprodução da mesma imagem, gerando várias estampas.

Para confeccionar a estampa intitulada de “gato” colei no papel panamá lantejoulas de tamanhos variados, aparas de lápis, retalho de EVA e barbante para fazer ao esboço do gato, depois que a cola secou impermeabilizei a matriz com quatro demãos de goma laca.

Para imprimir a imagem entintei a matriz com tinta gráfica preta usando um rolo de borracha, coloquei a folha de papel sulfite sobre a matriz e friccionei com as costas de uma colher de pau.

Na estampa “África” adicionei papel microondulado (bacia), papelão (silhueta da mulher), linha de bordado (pulseira e colar) e tinta acrílica em alto relevo (árvores e o caminho), impermeabilizei a matriz com quatro demãos de goma laca e a impressão foi feita na prensa.

Na matriz de colagraf sem título foi adicionado papel de seda amassado, papel laminado texturizado e linha de bordado para ponto cruz, novamente impermeabilizei a matriz com quatro demãos de goma laca e a impressão foi gerada na prensa.

É notável a superioridade de qualidade gráfica da impressão gerada na prensa em relação à impressão feita através de fricção com a colher de pau, contudo, optei pelo envio da impressão feita com fricção da matriz “gato”, pois devido à espessura a impressão na prensa não ficou boa somente às extremidades ficavam nítidas.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Gravura em Metal - Ponta-seca


Gravura em Metal - Ponta-seca


Existe diversos meios de obter uma imagem sobre uma chapa de metal, a ponta-seca é um desses meios e resume-se em produzir encavos na matriz de metal (já polido) riscando traços que produzem pequenas concavidades que no momento da entintagem irão reter a tinta e posteriormente na hora da impressão será transferida para o papel através da forte pressão da prensa.A gravura em encavo proporciona um alto nível de detalhamento.

Primeiramente fiz um projeto da imagem a ser gravada no metal depois de chanfrar a placa de alumínio com uma lima transferi a imagem para placa usando lápis 6B e inicie o processo de encave com uma ponta seca feita de chave de fenda passada no esmeril. Riscar/gravar a matriz é, a meu ver, a etapa mais trabalhosa, pois exige força física (firmeza nas mãos) e atenção para não deixar que a ferramenta utilizada para fazer os riscos escape e estrague o desenho.

Pronta a matriz entintei usando um cartão telefônico e uma boneca de feltro até que a tinta penetrasse em todos os sulcos que formam o desenho. Depois limpei a superfície externa da matriz com jornal e papel de seda, deixando entintado somente as linhas encavadas. Mergulhei o papel canson na cuba com água e em seguida tirei o excesso de umidade com um caderno de jornal.

Para imprimir posicionei a matriz na prensa sobre a folha de registro e coloquei por cima da matriz a folha umedecida, tampei com feltro e passei na prensa ida e volta sem pausar.

Em linhas gerais, fazendo uma analogia entre meu projeto e o resultado da impressão da minha matriz, exagerei na profundidade do encave, os sulcos ficarão tão profundos que mesmo regulando a prensa para deixar bem “apertado” não foi possível retirar a tinta do encave, de modo que a imagem gerada tem duas linhas traçadas que se refere à tinta impregnada na rebarba dos riscos e a parte em branco entre as linhas são os encaves demasiadamente profundos.

Xilografia


Xilografia

A Xilogravura envolve basicamente a ação de gravar a madeira com ferramentas chamadas goivas, produzindo sulcos.

Esta técnica é considerada uma gravura em relevo, pois ao imprimir à imagem as áreas em relevo que receberão a tinta e irão transferi-la para o papel e as áreas em baixo relevo, os sulcos, ficarão sem tinta.

Depois de elaborado o meu projeto, lixei a minha placa de madeira cedrilho deixando-a bem lisa, tracei o desenho do projeto na madeira, comecei a gravar riscando com a goiva similar a lamina de uma faca os lugares onde a madeira deveria ser retirada, e fiz esta retirada com as goivas em formato de V e U.

Minha madeirar era muito dura, cheia de veios bem marcados o que conferiu certa dificuldade ao ato de gravar, principalmente áreas com linhas curvas (como nos olhos do gato) ou em lugares cujo encave seguia em sentido contrário as veias da madeira provocando lascas.

Iniciei a impressão da xilografia marcando uma folha, chamada de registro, o lugar exato da posição da matriz, para que todas as reproduções tivessem a mesma localização. Depois de esticar a tinta gráfica entintei a matriz com um rolo de borracha e com auxilio de uma pinça coloquei a folha sulfite sobre a matriz e friccionei com uma colher de pau para obter a minha Prova de Estado de, pois esta em excesso danifica a impressão e a falta dela também, definido o ponto certo da tinta fiz a minha primeira PA (Prova de Artista) adorei o resultado tanto a imagem do gato quanto os veios da madeira ficaram bem nítidos.